Matosinhos . . .

NOVINCO . . .


Mais uma empresa que vai fechar . . .




COMUNICADO DO PPM, POR ALFREDO CÔRTE-REAL


Esta manhã, quando os trabalhadores da NOVINCO se preparavam para iniciar o seu dia de trabalho depararam-se com o portão das instalações fechado a cadeado.
Foi-me informado que, o segurança terá dito aos trabalhadores que esta decisão foi dada pelo administrador de insolvência, por fax.

Depois de eu ter falado pessoalmente com os trabalhadores da NOVINCO, quando se soube do seu encerramento, constatei que havia pessoas e famílias desesperadas pela situação. Um dos cartazes que está ainda suspenso diz “A NOVINCO A FECHAR, E AS FAMILIAS A CHORAR”. O ambiente é de revolta e desespero entre os trabalhadores e de extrema preocupação com o futuro.

Depois de me ter aconselhado com uma advogada e de termos visto o enquadramento legal, constatei que o administrador de insolvência “configura uma situação de “lock out” vedada pela Constituição e pela Lei Ordinária”, em particular no quadro das Leis Laborais.

Na minha opinião, este encerramento só agrava a situação, dado que prejudica todos os credores a empresa, assim como os funcionários. Quando me desloquei às instalações da NOVINCO, verifiquei que ainda saia material, tendo inclusive, tirado fotografias. Ainda tem inúmeras mercadorias em stock que, diariamente eram vendidas. Os trabalhadores dizem que a empresa tem viabilidade.

Também sei que, através dos trabalhadores, foi solicitada ao Presidente da Junta de S. Mamede, Sr. António Moutinho Mendes, uma audiência. Esta reunião ficou marcada para a Câmara de Matosinhos, com a presença do Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto.

Esta reunião teve lugar no dia 23 de Setembro, o Dr. Guilherme Pinto disse que, não interferiria dado que o seu mandato estava a chegar ao fim. Este facto é, por mim, inaceitável! Os trabalhadores presentes, só queriam que lhes fosse pago, pelo menos, o salário do mês de Agosto.

É também da minha opinião que os Autarcas em exercício, até final do dia 11 de Outubro, tem toda a obrigação de exercer e cumprir plenamente as suas obrigações e funções, para as quais forma eleitos, não se podendo alhear e fugir delas! Esta situação, geradora de instabilidade social profunda, carece de medidas concretas de imediata resolução, e não de um abandono da mesma!

É de lamentar que, estes “pseudo - políticos” (e chamo-lhes isto porque, para mim, um verdadeiro político, eleito pelos cidadãos, deve zelar pelos seus interesses e não alhear-se dos mesmos e, muito menos, fugir das situações incómodas!), não tenham atitudes dignas e correctas. Um Político tem que ser um Guardião e Zelador do interesse e bem comum!

O PPM avançou com uma solução inovadora que, depois de ser convenientemente analisada, será divulgada a seu tempo, sendo viável, e da satisfação dos trabalhadores.

Alfredo Côrte-Real

Candidato às Eleições Legislativas pelo Distrito do Porto e Mandatário